Mais uma vez, a Tribuna da Câmara Municipal de Franca foi utilizada para pedir apoio em meio à crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Na manhã de terça-feira, 26, durante a 13ª Sessão Ordinária, foi a vez do presidente do Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca), José Carlos Brigagão; da líder comunitária Ellaine Rocha; e do representante dos condutores de vans, Ronald Essado de Souza.
Ellaine foi a primeira a fazer uso da palavra. Ela informou que há casos de famílias que foram contempladas duas vezes com cestas básicas pela Prefeitura no mesmo mês, enquanto ainda há famílias desassistidas.
“É dinheiro público, que deve ser utilizado corretamente. Peço que a Prefeitura trabalhe de forma diferente. Se está faltando pessoal [para fazer a triagem de pedidos], busquem voluntários. Venho recebido centenas de pedido de cesta todo mês, e não vemos a Secretaria de Ação Social se mobilizar”, disse ela. A líder comunitária recebeu o apoio dos vereadores Carlinho Petrópolis Farmácia (PL), Donizete da Farmácia (MDB) e Adérmis Marini (PSDB).
Em seguida, Brigagão pôde discursar na Tribuna. Ele se mostrou preocupado com a queda de empregos do setor calçadista na cidade (eram 30 mil em 2013, caindo para 14.402 no final de 2019). Depois disso, o governo federal não atualizou mais os dados. Numa pesquisa por amostragem, o presidente do Sindifranca alertou que o número de funcionários do ramo de calçados em Franca gira atualmente em torno de 8 a 9 mil apenas. “É preciso que os governantes nos deem um norte. Temos que reconstruir o parque, perdemos a cultura de exportação”, queixou-se, acrescentando que uma proposta de planejamento estratégico para o setor foi enviada ao governo estadual no início deste ano, mas, até o momento, não houve resposta.
José Carlos, então, pediu a colaboração dos vereadores para intermediar a questão, recebendo suporte dos parlamentares Pastor Otávio Pinheiro (PTB), Corrêa Neves Jr. (PSD), Claudinei da Rocha (MDB) e Adérmis.
Por fim, chegou o momento de Ronald falar. Ele, que já utilizou a Tribuna no mês passado, voltou a relatar as dificuldades dos motoristas de vans. De acordo com o munícipe, a categoria não possui capital de giro nem direito a receber auxílios do governo federal. Ele sugeriu a criação de uma comissão na Câmara para angariar recursos e facilitar a situação, além de novamente solicitar ajuda de custo ou cestas básicas para os motoristas.
Em reunião com o prefeito Gilson de Souza (DEM) no dia 28, foi sugerido pelos profissionais que as vans transportassem usuários do transporte público em horários não contemplados pela empresa concessionária do serviço, a São José. “Dessa forma, teríamos renda, e a população seria bem assistida. Somos capacitados para fazer esse tipo de transporte”, comentou Ronald, esclarecendo que o Poder Executivo não o respondeu até hoje.
Colocaram-se à disposição dos motoristas os vereadores Corrêa Neves Jr. (PSD), Ilton Ferreira (PL) e o líder do prefeito da Câmara, Tony Hill (DEM). Este último se prontificou a agendar uma reunião dos condutores com a EMDEF, que deverá intermediar com a São José a sugestão de utilizar as vans no transporte coletivo de Franca.
Fonte: Comunicação Câmara
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